sábado, 6 de agosto de 2016

71 Anos da Bomba Atômica de Hiroshima e Nagasaki


Segundo informações divulgadas na quinta-feira (4) pelo governo da cidade de Hiroshima, representantes de 91 nações e a União Europeia participarão da cerimônia anual que marca o bombardeio com bombas atômicas dos Estados Unidos contra o Japão em 1945.

Dentre os países participantes estão a Grã-Bretanha, França, Rússia e os Estados Unidos, que enviarão diplomatas à cerimônia que será realizada no Parque Memorial da Paz, com exceção da China. A embaixadora americana no Japão, Caroline Kennedy, não estará presente na cerimônia deste ano em função de deveres oficiais nos Estados Unidos.

O número de nações que enviou representantes à cerimônia deste ano será o segundo maior nos registros, após 100 países participantes em 2015, ano que marcou os 70 anos do bombardeio atômico.

A cidade de Hiroshima chamou 157 nações e a União Europeia para participar da cerimônia de 45 minutos que teve início às 8h. Os participantes prestaram 1 minuto de silêncio às 8h15, horário em que a primeira bomba atômica do mundo explodiu sobre a cidade, no dia 6 de agosto de 1945, deixando cerca de 140,000 mortos até o final daquele ano.

Barack Obama foi o primeiro presidente dos Estados Unidos em exercício a visitar a cidade japonesa de Hiroshima, onde seu país lançou a primeira bomba atômica da história, durante uma viagem que fez no final do mês de maio pelo Japão e Vietnã. O secretário de Estado americano, John Kerry, visitou Hiroshima no mês de abril para homenagear as vítimas da bomba atômica lançada pelos EUA na cidade durante a Segunda Guerra Mundial. Essa foi a a primeira homenagem de um alto cargo de Washington aos mortos desse episódio. "Obama não revisará a decisão dos EUA de usar a bomba atômica no final da Segunda Guerra Mundial, mas oferecerá uma visão de futuro", diz Rhodes.

Hiroshima foi alvo do primeiro bombardeio atômico da história, realizado por aviões americanos no dia 6 de agosto de 1945. Além de Hiroshima, os EUA lançaram uma segunda bomba atômica sobre a cidade de Nagasaki, no sudoeste do arquipélago japonês, em 9 de agosto de 1945, o que forçou a rendição do Japão seis dias depois e pôs fim à Segunda Guerra Mundial.

O primeiro-ministro, Shinzo Abe, estava entre as cerca de 50.000 pessoas que se reuniram para a cerimônia anual no Peace Memorial Park, no sábado. Representantes de 91 países também participaram.

Funcionários colocaram uma lista com 303,195 nomes de vítimas dentro do cenotáfio (memorial fúnebre). A lista inclui as 5.511 pessoas que morreram no ano passado, assim como outras vítimas que morreram anteriormente, mas só foram identificadas nesse tempo.

Os participantes fizeram uma oração silenciosa às 8:15 AM, o momento que o avião norte-americano lançou a bomba, em 06 de agosto de 1945. O prefeito de Hiroshima, Kazumi Matsui, entregou uma declaração de paz. Ele pediu aos países que tomem medidas para abolir o “mal absoluto” das armas nucleares. Matsui também citou uma passagem do discurso do presidente Barack Obama, que se tornou o primeiro líder dos EUA a visitar Hiroshima, em maio passado.

Obama disse que os países com arsenais nucleares “devem ter a coragem de escapar da lógica do medo e buscar um mundo sem elas.”

Matsui pediu aos líderes políticos de todas as nações para seguir os passos de Obama. Ele disse que uma visita a Hiroshima iria gravar a realidade do bombardeio em seus corações e transmitir a dor e o sofrimento dos hibakusha, ou sobreviventes do bombardeio. O prefeito pediu ao primeiro-ministro Abe para mostrar a liderança necessária para alcançar um mundo livre de armas nucleares.

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