Aproveitando o clima de fim de ano, a Acal (Associação Cultural e Assistencial da Liberdade) realiza no dia 31 de dezembro, na Praça da Liberdade, o seu tradicional Moti Tsuki Matsuri (Festival do Bolinho da Prosperidade), cujo objetivo é agradecer aos deus a dádiva recebida durante o ano. O evento tem início a partir das 8h, com a distribuição de cerca de 20 mil saquinhos de moti com dois bolinhos cada, além de 3 mil sopas de ozooni.
A comida mais importante do ano-novo japonês é o mochi (pronuncia-se “moti”), bolinho doce de arroz glutinoso que é a estrela dos wagashi – doces à moda nipônica. É uma tradição de séculos comer o mochi no ano-novo para pedir fartura. O mochi mais tradicional é uma bolinha achatada branca. Para não grudar na mão, é polvilhado com farinha. Sua massa é puro arroz amassado, fácil de morder, com textura puxa-puxa. No ano-novo, é consumido puro ou grelhado. Também é o ingrediente principal de uma sopa chamada ozouni, um dos pratos mais auspiciosos da época. Outra participação do bolinho nas festividades é o kagami mochi. Dois mochis são empilhados com uma laranja amarga no topo
O prato mais festejado do ano-novo japonês é o ozouni, indispensável nos primeiros dias de janeiro. A receita desta sopa muda consideravelmente entre regiões do país, ou até de família para família. Mas a concepção é a mesma e o mochi é o ingrediente comum entre todas elas. A preparação começa com o mochi na grelha. Ele fica levemente tostado, com casca crocante e interior puxa-puxa, se junta aos outros ingredientes e ao caldo para virar ensopado.
O prato vem dos tempos de samurais quando, em meio a acampamentos de guerra, os combatentes juntavam ao mochi uma mistura de vegetais, fervendo tudo em uma sopa. Os samurais chamavam o prato de hozou, que tem o mesmo significado de ozouni: “miscelânea cozida”. Com o tempo, o hábito se espalhou. O primeiro registro histórico do nome ozouni aparece na Era Muromachi, entre os séculos 14 e 16, quando o prato já representava uma tradição de Ano Novo.
Se os primeiros dias do ano são para comer mochi, 31 de dezembro é dia de fazê-lo. A colônia japonesa de São Paulo se reúne no Moti Tsuki Matsuri, festival dedicado ao bolinho. O da Liberdade é o maior. A Associação Cultural e Assistencial da Liberdade (Acal), que organiza o festival, distribui 20 mil mochis e 3 mil porções da sopa ozouni no dia.
Boa parte do mochi é preparada com antecedência por fábricas parceiras da Acal. A cerimônia de preparo é simbólica, mas grandiosa – são 40 participantes, que põem o arroz cozido no pilão de madeira e amassam com uma marreta. Nos intervalos entre golpes nos grãos, outra pessoa joga água e vira a mistura. Depois de pilada, a massa é dividida em bolinhos achatados e polvilhada com farinha.
45º Moti Tsuki Matsuri do Bairro da Liberdade (SP)
Dia: 31/12/2015
Horario: inicio às 8h
Entrada gratuita
Enedereço: Praça da Liberdade, S/N, Liberdade, São Paulo, SP
O moti foi distribuido com mofo...
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