quinta-feira, 21 de abril de 2016

Kumamoto Ganbare! Pós Terremoto em Kumamoto e Novos Terremotos em Hokkaido


O Primeiro Ministro Shinzo Abe declarou na quarta-feira (20/abr) que destinou 2,3 bilhões de ienes do fundo de reserva do orçamento deste exercício fiscal para suprir as necessidades das vítimas do Terremoto de Kumamoto. “Com a finalidade de proceder rapidamente à assistência emergencial às vítimas do terremoto, em Kumamoto e Ooita, decidimos utilizar o fundo de reserva aprovado pelo Conselho de Ministros, nesta data”, declarou Abe.

Além disso, declarou também o envio, o qual já partiu do Porto de Kobe (Hyogo), um ferry que possui instalações hoteleiras, para servir de abrigo, oferecer refeições e banho para as vítimas. Esse ferry deverá chegar hoje (21/abr) no Porto de Yashiro (Kumamoto).

Sukiya e Yoshinoya, duas das maiores redes de Gyudon do Japão, distribuem gratuitamente seus produtos para a população afetada pelo recente terremoto em Kumamoto

Imagens aéreas mostram que o chão se moveu em sentido Leste-Oeste ao longo de 80 quilometros em Kumamoto, em decorrência da série de terremotos. A pesquisa está sendo realizada pelo Instituto de Informações Geoespaciais do Japão, através da coleta de imagens pelo satélite de observação “Daichi 2-go”. Segundo os dados, a área onde houve deslocamento de terra em sentido horizontal se estendeu ao longo de 80 quilômetros em sentido leste-oeste e 40 quilômetros em sentido norte-sul, em Kumamoto.

Na área onde se encontram as placas mais ativas na série de terremotos, em Mashiki e Nishihara, o deslocamento chegou a 1,50 metro em sentido leste. Nos arredores de Minami-Aso, o deslocamento chegou a alcançar 30 centímetros em sentido oeste. Por outro lado, ao norte das placas, o chão chegou a afundar 1,20 metro, enquanto no sul, o chão subiu 40 centímetros.

Um terremoto de magnitude 6,7 na escala Richter foi registrado nesta quinta-feira (14) na ilha de Hokkaido, no norte do Japão, mas sem que o alerta de tsunami tenha sido ativado. A Agência Meteorológica do Japão informou que o terremoto aconteceu às 12h25 locais (1h25 de Brasília) com seu epicentro no litoral do distrito de Urakawa, ao sul da ilha de Hokkaido. Já o hipocentro foi situado a cerca de 50 quilômetros de profundidade, segundo a agência.

O terremoto atingiu intensidade 5 na escala japonesa fechada de 7 graus em várias localidades de Hokkaido e do norte Japão. O medidor se baseia mais nas zonas afetadas do que na intensidade do tremor. O tremor não causou danos nas zonas atingidas, que são muito pouco povoadas, segundo a emissora pública japonesa "NHK".

O Japão está localizado sobre o chamado "Círculo de Fogo do Pacífico", uma das zonas sísmicas mais ativas do mundo, e sofre terremotos com relativa frequência, por isso a infraestrutura do país foi desenvolvida especialmente para suportar os tremores.

Passados 5 anos do terremoto e tsunami em Fukushima, Japão, aquele pesadelo pode se repetir, em 20 dias. Essa foi a previsão do Instituto de Previsão de Terremotos de Taiwan anunciada no último dia 6 de março.

De acordo com as informações publicadas no site do Instituto, esse grande terremoto, de magnitude de 7 graus ou acima, poderá acontecer no Japão ou em Taipei. O terremoto ocorrido em 6 de fevereiro em Taipei foi previsto 2 dias antes e publicado no mesmo site. Como esse Instituto observa as ondas eletromagnéticas em diversos pontos de Taiwan, tem percebido ondas idênticas em Taipei nos pontos de observação da capital.

O diretor do Instituto de Pesquisa Eletromagnética Hayakawa, Masashi Hayakawa comentou ao jornal Nikkan Gendai “medonho é que esse instituto prevê que mais do que em Taipei, pode ocorrer no Japão”.

“Se existe ou não uma relação causal com os resultados observados em Taiwan e o terremoto no Japão, é desconhecida. No entanto, em geral, quando ocorre uma rachadura na planta em tais movimentos bruscos das placas, é gerada uma corrente elétrica, o que causa um impacto no ambiente. Também, academicamente falando, pode ser observada como uma onda de rádio na superfície da terra, a partir de cerca de uma semana antes do tremor”, explica Hayakawa.

Esse mesmo Instituto, previu em 3 de janeiro deste ano, um abalo sísmico na classe de 7,6 graus de magnitude, a acontecer no Alasca ou no Japão, em um período de 7 dias. Em 7 dias nada ocorreu, entretanto, no dia 12 do mesmo mês ocorreu um terremoto de 6 graus ao noroeste da costa de Hokkaido e outro de 7,1 graus no Alasca no dia 24. Ou seja, quase acertou. Diante disso, onde pode estar o perigo no Japão, perguntou o jornal ao especialista.

“A maior preocupação é com o Terremoto de Tokai. As placas tectônicas Filipinas e Euroasiática se encontram, através da costa leste de Taiwan com direção à Baía de Suruga, no Japão. O choque das placas empurradas resultou no último terremoto ao sul de Taiwan, no mês passado. A Suruga Trough da costa Tokai, localizada ao nordeste de Tainan, está com acúmulo de estresse, o que pode provocar um grande terremoto a qualquer momento. Outro local a ter cuidado é a costa Sanriku, onde aconteceu o Grande Terremoto ao Leste do Japão. Em 1.933, quando do Grande Terremoto Showa Sanriku, como o epicentro estava a 200 Km da costa, a instensidade sísmica foi de 5 graus, entretanto, observou-se tsunami com ondas de até 28 metros de altura. Não se pode ficar tranquilo com terremotos menores”, explicou Hideki Shimamura, professor catedrático da cadeira de Sismologia, do Musashino Gakuin. Um grande terremoto é inevitável em qualquer que seja o local do Japão, por isso, é bom ter isso em mente.

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