Casal imperial do Japão visita província de Miyagi Akihito e Michiko entregaram doações e conversaram com desabrigados
A gravidade da situação levou o casal imperial japonês a sair do habitual recato.
O imperador Akihito e a imperatriz Michiko visitaram um centro de refugiados em Asahi, uma das zonas mais afetadas pelo sismo e pelo consequente tsunami.
O casal, que só tinha visitado sobreviventes, em Tóquio, foi acolhido por algumas pessoas com lágrimas nos olhos.
O casal imperial do Japão, o Imperador Akihito I e a Imperatriz Michiko, fizeram nesta quarta-feira (30/03) uma visita a um centro de refugiados do terremoto e do tsunami que atingiram o país em 11 de março último.
O Imperador, de 77 anos, e a Imperatriz, de 76, foram ao Nippon Budokan, uma das mais conhecidas salas de concertos do Japão, que está funcionando como abrigo para 300 pessoas.
Trata-se do primeiro encontro com os refugiados desde o abalo. Sua Majestade Imperial já tinha feito uma declaração pela televisão aos japoneses para transmitir coragem, naquele que classificou como “desastre de uma escala sem precedentes”.
Vestidos de maneira informal, em tons escuros, o casal falou com algumas pessoas, em uma imagem que relembra as visitas feitas após os sismos de Kobe, em 1995, e Niigata, em 2004.
Menos consensual é a atuação do primeiro-ministro A gestão que Naoto Kan tem feito da crise sanitária e nuclear está a ser extremamente contestada.
Já antes do sismo, a política de Naoto Kan era alvo de críticas. Mas agora, a oposição veio mesmo pedir a demissão do primeiro-ministro, quebrando assim a frágil trégua política observada desde o início da catástrofe.
Vinte e oito mil pessoas morreram ou estão dadas como desaparecidas e o nordeste do país está devastado. O primeiro-ministro tenta, em vão, criar uma grande coligação para reconstruir o país.
Mas a oposição, que já recusou coligar-se, vem agora agravar a situação política, ao dizer que este é o momento de decidir se Naoto Kan fica ou parte.
A maioria dos japoneses quer um novo primeiro- ministro para a reconstrução do país.
Um sondagem indica que a popularidade do primeiro-ministro, Naoto Kan, é a mais baixa de sempre desde a catástrofe de 11 de Março, cuja gestão tem sido fortemente criticada pela população.
A empresa responsável pela central, a Tóquio Electric power, informou que a crise estará sob controlo no final do ano.
A prioridade é agora dominar a fuga de radiação nos próximos três meses e arrefecer os reactores nucleares nos próximos nove.
A Tepco planeia cobrir o edifício dos reactores que ficou danificado pela catástrofe responsável por cerca de 14 mil mortos e semelhante número de desaparecidos.
A Toyota anunciou hoje ter retomado a produção em todas as suas fábricas no Japão, o que acontece pela primeira vez desde do sismo. As fábricas vão operar a cerca de metade da capacidade devido à escassez de peças.
A reconstrução do nordeste do Japão, a zona mais devastada, vai custar cerca 207 mil milhões de euros.
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