No Brasil, quando se fala em karaokê as pessoas lembram dos estabelecimentos comerciais de entretenimento em que qualquer um pode cantar para o público ou em salas privadas, acompanhado por músico ao vivo ou playbacks instrumentais, ou do aparelho de origem coreana, que utiliza-se de cartuchos com seleções de músicas.
Para a colônia nipo-brasileira, falar em karaokê é falar sobre os concursos que acontecem nos fins de semana, durante todo o ano, principalmente na cidade de São Paulo, onde acontecem em média três concursos por fim de semana, em diferentes regiões da cidade. Nesses concursos, participam cantores amadores, divididos em diferentes categorias, por nível técnico e idade.
Os nikkeis, que já gostavam de cantar músicas japonesas acompanhados de pequenas orquestras, aderiram ao uso do play-back e da fita cassete. Com isso, o karaokê começou a ganhar adeptos no País. No início, obter uma fita com as músicas japonesas do momento era uma epopéia. Era preciso ir ao Japão em busca das novidades ou pedir encomendas a parentes e amigos e aguardar as tão esperadas fitas. Mas, de posse delas, ficou muito mais fácil ensaiar para os tai kais, os concursos de música japonesa.
Os torneios de karaokê são verdadeiras maratonas musicais. Primeiro, porque os tai kais reúnem cantores de todo o País, que viajam horas e até dias para chegar aos locais das apresentações. Segundo, porque os concursos normalmente são realizados em um único dia.
Cada torneio importante, como o Brasileirão, por exemplo, reúne cerca de 500 candidatos, divididos em categorias de idade e nível técnico. As apresentacões podem durar até 15 horas ininterruptas.
Mas os esforços dos participantes começam bem antes, com o treinamento, que pode incluir até aulas particulares de karaokê com professores especializados. Além de treinar com afinco, os aspirantes a estrelas de karaokê precisam botar a mão na carteira. Hoje as pessoas investem bastante na produção para que estejam bem no palco.
Mensalmente, os custos com aulas e playbacks de música, inscrições em torneios e alimentação, sem contar a roupa e outros ornamentos, podem alcançar a faixa de 300 reais”, explica Luiz Yuki, ex-presidente da União Paulista de Karaokê (UPK), entidade que reúne 270 associações no Estado de São Paulo. Yuki explica que metade das associações de província de São Paulo mantém atividades relacionadas ao karaokê, e cerca de 10 mil pessoas participam regularmente dos concursos. “Na minha opinião, ainda não chegamos ao auge”, diz Yuki. “Isso porque, com o surgimento do videokê, o ato de cantar se popularizou. Em qualquer festa, tem videokê. Naquelas que não tem videokê, as pessoas voltam cedo para casa”, observa.
Hoje, cada taikai conta com cerca de 300 cantores por evento. Isso fez com que esse tradicional divertimento gerou uma cadeia de negócios, que vai desde a confecção de troféus até os buffets e gráficas para confecção de diplomas e livros programas. Realmente o karaoke evoluiu muito no Brasil.
Contando com 02 entidades oficiais principais que organizam os eventos no Brasil, os concursos Paulista e Brasileiro são os pontos altos dos amantes do Karaoke.
Nas próximas postagens tentaremos mostrar um pouco mais sobre este mundo fascinante do karaoke.
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