domingo, 18 de junho de 2017

Especial 109 anos da Imigração Japonesa no Brasil!


Já se passaram 109 anos desde a chegada do primeiro navio de imigrantes vindo da Terra do Sol Nascente, o Kasato Maru, em 18 de junho de 1908. Estima-se que, hoje, mais de um milhão e meio de descendentes nipônicos vivem no Brasil, população que aumenta a cada ano e representa a maior comunidade de descendentes de japoneses fora do Japão. A grande maioria reside nos estados de São Paulo, Paraná, Mato Grosso do Sul e Pará.

A imigração japonesa no Brasil começou oficialmente no início do século XX, no ano de 1908. Atualmente, o Brasil abriga a maior população de origem japonesa fora do Japão, com cerca de 1,5 milhão de nikkeis (日系) (termo usado para denominar os japoneses e seus descendentes). Um nipo-brasileiro (em japonês 日系ブラジル人, nikkei burajiru-jin) é um cidadão brasileiro com ascendentes japoneses. Também são consideradas nipo-brasileiras as pessoas nascidas no Japão radicadas no Brasil.

A imigração japonesa no Brasil teve início oficialmente em 18 de junho de 1908, quando o navio Kasato Maru aportou em São Paulo, trazendo 781 lavradores para as fazendas do interior paulista. O fluxo cessou quase que totalmente em 1973, com a vinda do último navio de imigração Nippon Maru, contando-se quase 200 mil japoneses estabelecidos no país.

Há 109 anos, imigrantes japoneses chegavam ao Brasil para trabalhar em lavouras de café no Estado de São Paulo. Desde então, as cidades que mais receberam orientais mantêm até hoje as tradições nipônicas. 

O número estimado de cidadãos brasileiros com ascendência japonesa é de 1,5 milhão, de acordo com o Consulado Geral do Japão em São Paulo. A maior concentração de japoneses está no sul e sudeste, mas isso não quer dizer que os nikkeis residam apenas nessas regiões. Eles também estão no Centro-Oeste e Norte do País.

Em São Paulo estão cerca de 400 mil japoneses. O maior reduto da colônia nipônica fora do Japão é o Bairro Liberdade, onde as fachadas são escritas com ideogramas japoneses e a arquitetura é tradicionalmente oriental.

O bairro é conhecido por receber turistas de todo o mundo, apaixonados pela cultura e tradição orientais. A Feira da Liberdade, na capital paulista, reúne aos finais de semana elementos típicos da cultura do Japão, com destaque especial para a gastronomia.

O turista não precisa ir ao outro lado do mundo para conhecer um pouco da cultura japonesa. No Brasil, cidades colonizadas pelos orientais mantêm até hoje as tradições nipônicas. 

No Paraná, a cidade de Assaí possui a maior concentração de nipo-brasileiros do estado. Desde o final da década de 30, com a colonização dos japoneses, as tradições orientais são passadas de pai para filho. A população, miscigenada entre brasileiros e japoneses, realiza os eventos da cidade, como O Bon Odori e o Tanabata, perpetuando a cultura oriental existente no dia a dia da população. O sistema de produção de frutas e o espaço agrícola da cidade também são realizados com técnicas japonesas.

Para quem procura pelas tradições nipônicas mais ao sul do país, o destino é o município de Ivoti, no Rio Grande do Sul. Em 1996, os dirigentes da cidade destinaram terras para serem ocupadas por 26 famílias de imigrantes, formando a colônia japonesa produtora de uvas, kiwi, hortaliças e flores. A colônia cresceu e hoje é responsável por realizar festas culturais, como Feira da Colônia Japonesa, a gincana esportiva Undo Kai e o evento Enguei Kai. O turista que visita Ivoti tem a oportunidade de conhecer o Memorial da Colônia Japonesa, com relíquias e artefatos que contam a história e conquistas japonesas no estado. 

No outro extremo do país, na Região Norte está a cidade com a terceira maior colônia japonesa do Brasil. Os primeiros imigrantes chegaram a Tomé-Açu, no Pará, em 1926, quando um grupo de cientistas japoneses foram ao estado para localizar áreas nas quais pudessem ser instaladas colônias agrícolas e, a partir delas, dinamizar a economia com práticas modernas de cultivo. Em 1929, a Companhia Nipônica de Plantação do Brasil comprou terras paraenses e 189 japoneses iniciaram uma nova jornada naquela região. A cidade foi presenteada com o trabalho dos imigrantes e ganhou o título de maior produtora brasileira de pimenta-do-reino.


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