domingo, 11 de março de 2018

07 Anos do Terremoto e Tsunami de Tohoku


Sete anos se passaram após o terremoto e tsunami de Tohoku, conhecido também como Higashi Nihon Daishinsai. O Japão foi atingido por um terremoto de magnitude 9 às 14h46 do dia 11 de março de 2011, o maior já registrado na história da nação e um dos cinco mais fortes do mundo.

O epicentro foi localizado a cerca de 70 km a leste de Tohoku, na província de Miyagi, nordeste do Japão. O tremor sacudiu construções nessa área do país. 7 anos após o desastre 73 mil pessoas continuam evacuadas. Um total de 73.349 pessoas continuam evacuadas desde 13 de fevereiro, quase sete anos após os desastres de 2011, de acordo com a Agência de Reconstrução, divulgou o Jiji Press no sábado (10).

Devido aos persistentes efeitos do acidente nuclear na danificada Fukushima Daiichi, de propriedade da TEPCO- Tokyo Electric Power Company, 34 mil pessoas que moravam na província continuam vivendo fora dela. Embora alertas de evacuação tenham sido retirados para grande parte das áreas de Fukushima, muitos residentes continuam cautelosos em voltar para casa.

Desde a sexta-feira (9/03/2018), o número total de mortes do terremoto e tsunami de 11 de março era de 15.895 em 12 províncias, com 2.539 desaparecidos, de acordo com a Agência Nacional de Polícia. O número de mortes excedeu os 22 mil incluindo o daquelas pessoas que morreram por causas relacionadas, como deterioração dos ferimentos sofridos nos desastres.

O número de habitações temporárias ocupadas diminuiu do nível de pico de cerca de 124 mil unidades para 19 mil, segundo a Agência de Reconstrução.
Terremoto e tsunami de Sendai de 2011 ou sismo e tsunami de Sendai (designado oficialmente Grande Terremoto do Leste do Japão) foi um sismo de magnitude de 9,1 MW com epicentro ao largo da costa do Japão ocorrido às 05:56 UTC (14:56 no horário local) de 11 de março de 2011. O epicentro foi a 130 km da costa leste da península de Oshika, na região de Tohoku, com o hipocentro situado a uma profundidade de 24,4 km. O sismo atingiu o grau 7 — a magnitude máxima da escala de intensidade sísmica da Agência Meteorológica do Japão — ao norte da Prefeitura de Miyagi, grau 6 em outras prefeituras e 5 em Tóquio.

O sismo provocou alertas de tsunami e evacuações na linha costeira japonesa do Pacífico e em pelo menos 20 países, incluindo toda a costa do Pacífico da América do Norte e América do Sul. Provocou também ondas de tsunami de mais de 10 m de altura, que atingiram o Japão e diversos outros países. No Japão, as ondas percorreram mais de 10 km de terra.

De acordo com as autoridades, houve 15 894 mortes confirmadas e mais de 2 500 ainda desaparecidos. O sismo causou danos substanciais ao Japão, incluindo a destruição de rodovias e linhas ferroviárias, assim como incêndios em várias regiões, e o rompimento de uma barragem. Aproximadamente 4,4 milhões de habitantes no nordeste do Japão ficaram sem energia elétrica, e 1,4 milhão sem água. Muitos geradores deixaram de funcionar e pelo menos dois reatores nucleares foram danificados, o que levou à evacuação imediata das regiões atingidas enquanto um estado de emergência era estabelecido. A Central Nuclear de Fukushima I sofreu uma explosão aproximadamente 24 horas depois do primeiro sismo, e apesar do colapso da contenção de concreto da construção, a integridade do núcleo interno não teria sido comprometida.

Terremotos ocorrem quase que diariamente no Japão, que se localiza na junção de várias placas tectônicas que estão em constante movimento: do Pacífico, norte-americana, Eurasiática e das Filipinas. Contudo, estima-se que a magnitude do sismo de Sendai faça deste o maior sismo já registrado no Japão e um dos cinco maiores do mundo desde que os registros modernos começaram a ser compilados.

O sismo gerou um tsunami com ondas de quatro metros, estando alertas ativos para vários países, regiões e arquipélagos como Nova Zelândia, Austrália, Rússia, Guam, Filipinas, Indonésia, Papua-Nova Guiné, Nauru, Havai e Marianas Setentrionais (Estados Unidos), Taiwan, Equador e Chile. O aviso de tsunami emitido pelo Japão foi o de maior gravidade na escala de alertas, esperando-se que possam ser atingidos os 10 metros de altura de algumas ondas. Uma onda de 0,5 m de altura atingiu a costa norte do Japão. A agência Kyodo relatou que uma onda de 4 m de altura atingiu a prefeitura de Iwate no Japão, e houve também inundações na prefeitura de Miyagi, arrasando a parte baixa da costa, levando automóveis e causando destruição.

Relatórios do Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia da Servia sugerem que o efeito dos terremotos na região foi tão forte que o eixo da Terra foi alterado em 10 cm. Um relatório separado do Serviço Geológico dos Estados Unidos disse que Honshu, a principal ilha do Japão, foi movimentada em 2,4 m na direção leste.

Como no Sismo do Oceano Índico de 2004 e no Ciclone Nargis, o dano da afluência de água, embora muito mais localizado, pode ser muito mais letal e destrutivo do que o terremoto em si. Há relatos de "cidades inteiras destruídas" nas áreas atingidas pelo tsunami no Japão, incluindo 9500 desaparecidos em Minamisanriku; Kuji e Ofunato foram "varridas...não deixando nenhum vestígio de que uma cidade estava lá."

O sistema de alerta de terremotos da Agência Meteorológica do Japão alertou a população cerca de um minuto antes do tremor, através de emissoras de televisão e rádio, além de correio eletrônico e mensagens via celular para pessoas cadastradas no sistema.

O sismo atingiu severamente Honshu, incluindo Tóquio. Verificaram-se numerosos incêndios em instalações industriais. Cerca de 13 horas depois do primeiro grande abalo, dois fortes sismos de magnitude 6,2 e 6,1 atingiram novamente a costa do Japão. Um barco com cerca de 100 pessoas a bordo foi virado pelo tsunami que atingiu a costa do Japão. A embarcação estava na costa da prefeitura de Miyagi. Um grande incêndio atingiu a cidade de Kesennuma.

Outro dos efeitos do sismo foi a explosão ocorrida no dia 12 de março na Central Nuclear de Fukushima I. O tsunami atingiu-a e provocou uma avaria no sistema de refrigeração. O corte de eletricidade impediu a recuperação desse sistema, permitindo que os bastões do combustível continuassem a aquecer, aumentando a pressão e originando a explosão.

No dia anterior fora declarado estado de emergência na central nuclear e, apesar da informação de que não existiam fugas radioativas, evacuaram-se cerca de 3000 residentes num raio de 3 km do reator. Horas depois o raio de evacuação tinha sido elevado para 10 km, afetando já 45 000 pessoas. O reator é refrigerado através da circulação de água através do seu combustível nuclear, tendo sido detectada uma alta pressão de vapor no reator, o dobro do que é permitido. A empresa Tokyo Electric Power avaliou a possibilidade de libertar parte deste vapor para reduzir a pressão no mesmo, vapor esse que contém material radioativo. Os níveis de radiação na sala de controlo da central eram cerca de 1000 vezes maiores que os níveis normais. e na entrada da central foram medidos níveis 8 vezes superiores aos normais. existindo a possibilidade do derretimento do núcleo dos reatores.

Nenhum comentário:

Postar um comentário