terça-feira, 19 de abril de 2016

Ganbare Kumamoto! Mortos em terremotos chegam a 45 no Japão, que ainda enfrenta tremores


Mais um forte terremoto de M5.5 foi sentido em Kumamoto hoje às 17:52h, horario local. O tremor alcançou 5 graus (forte) na escala japonesa em Yatsushiro, na província de Kumamoto. Não há aviso de tsunami. O terremoto teve como epicentro a região de Kumamoto, com profundidade de 10 quilômetros.

O forte terremoto de M7.3 registrado às 1h25 do dia 16 destruiu construções e estradas em Kumamoto. O tremor alcançou 6 graus na escala japonesa (shindo) em várias cidades de Kumamoto e Oita.

Segundo especialistas, desde este último terremoto do dia 16, o epicentro dos abalos passou a ocorrer em outra placa localizada ao norte da placa que se moveu no dia 14, quando aconteceu o primeiro terremoto. “Foi o mais forte terremoto da história do Japão com origem em uma placa localizada sob a terra, e não no mar”, disse o especialista em terremotos da Universidade de Tokyo, Takashi Furumura.

Já a Agência de Meteorologia informou que o terremoto de M7.3 dessa madrugada foi o “principal terremoto” dessa série de recentes abalos, de forma que o terremoto do dia 14 foi apenas um antecedente. Desde o dia 14 foram registrados 213 terremotos com intensidade acima de 1 na escala shindo, dos quais seis alcançaram o nível 6 na escala shindo. Como existem muitas placas sob essa região em Kumamoto, os tremores devem continuar e com forte intensidade.

Na série de terremotos focados em Kumamoto e áreas adjacentes, uma forte atividade sísmica tem sido observada em Yatsushiro e em outros lugares no sudoeste da província, onde tal movimento não tinha sido visto antes.

Uma análise dos epicentros dos terremotos, que tiveram início em 14 de abril, mostrou um movimento inicial para o nordeste, a partir de Kumamoto para Oita. Agora, os sismólogos dizem que um aumento na atividade sísmica foi detectado no sudoeste.

“Temos observado pequenos tremores atingindo esporadicamente (o sudoeste da província de Kumamoto)”, disse um representante da Agência Meteorológica do Japão (JMA) em uma conferência de imprensa realizada no domingo (17). “É difícil prever o que acontecerá, mas pedimos que a população fique em alerta”.

Segundo o representante da JMA, o número de tremores em áreas ao redor de Yatsushiro (Kumamoto) aumentou desde o maior, até agora, de 7,3 graus de magnitude que ocorreu na madrugada de sábado (16) por volta de 1h25, com seu epicentro próximo à cidade de Kumamoto.

O Comitê de Pesquisa sobre Terremoto do governo deu a sua visão de que o terremoto de 16 de abril foi desencadeado por um movimento no trecho leste da falha geológica Futagawa, na província de Kumamoto.

Kumamoto é o local da principal fábrica de motocicletas da Honda no país asiático. De suas linhas de montagem saem os modelos mais emblemáticos da marca da asa, como a Gold Wing, as superesportivas da linha CBR e a nova Africa Twin.

Em comunicado oficial nesta segunda-feira, a Honda afirmou que expressa suas profundas condolências para as vítimas do terremoto. E em função dos estragos causados pela onda de terremotos – o último aconteceu no sábado (16/4) atingindo 7,3 na escala Richter – obrigou a empresa a suspender as operações na planta de Kumamoto até sexta-feira, 22 de abril de 2016. Os futuros planos de produção serão determinados de acordo com a restauração das instalações da fábrica e de seus fornecedores. A empresa desejou uma pronta recuperação aos residentes de Kyushu. A emrpesa havia anunciado na última semana um plano de auxílio às vítimas do terremoto com a doação de 50 milhões de ienes, geradores Honda para o fornecimento de energia e água, além de informações atualizadas das condições das estradas na região por meio de seu programa de navegação Internavi.

A Toyota suspendeu as operações em suas fábricas na província de Aichi e em outros locais nesta terça-feira (19) devido à escassez de peças. Daihatsu e Hino também serão afetadas.A Toyota suspendeu as operações em suas fábricas de montagem na província de Aichi e em outros locais nesta terça-feira (19) devido à escassez de peças, resultado dos fortes terremotos que têm atingido a região sul do arquipélago japonês.

Com mais paralisações previstas entre quarta-feira e sexta-feira, a Toyota planeja interromper a produção em 15 de suas 16 fábricas no Japão até pelo menos o sábado. Visto que o domingo não é um dia típico de trabalho, a montadora poderá decidir amanhã se retomará as operações nas fábricas na segunda-feira ou posteriormente.

A Toyota Motor Kyushu, que fabrica o modelo de luxo Lexus, suspendeu as operações em sua fábrica de Miyata (Fukuoka) na sexta-feira passada.

As linhas de produção em fábricas de montagem de veículos da Toyota, incluindo aquelas nas províncias de Aichi, Miyagi e Iwate, foram suspensas nesta terça-feira.

As fábricas das subsidiárias da Toyota (Daihatsu e Hino) também serão afetadas, segundo a montadora.

Os terremotos interromperam as redes de fornecimento por causa dos amplos danos causados na província de Kumamoto e áreas adjacentes, forçando as fábricas de eletrônicos e veículos na província a paralisarem a produção, além disso, afetaram os sistemas de transporte em vários locais da região.

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