O calor extremo que começou no último fim de semana, atingindo em algumas regiões 38,6º Celsius, causou a hospitalização de 700 pessoas, segundo divulgado na mídia do Japão.
Pelo menos 700 pessoas acabaram hospitalizadas com insolação no domingo, em sua maioria, com mais de 65 anos de idade. A temperatura em 42 regiões ultrapassou os 35º Celsius. O calor intenso pode causar hipertermia, uma sobrecarga dos mecanismos termorreguladores do corpo.
De acordo com a agência de notícias Kyodo, quatro pessoas perderam a consciência durante o trabalho em área externa, e estão atualmente em estado crítico.
A Agência Meteorológica do Japão disse que o calor ocorreu devido à alta pressão atmosférica, e previu que o tempo quente também já era esperado.
Os céus parecem ter secado com a região Ásia-Pacífico ,ainda aguardando pelo primeiro tufão do ano. Esta é a segunda espera mais longa em 18 anos após o tufão Nº 1 de 1998, que chegou atrasado apenas no início de julho.
E atraso na temporada de tufões pode não ser uma boa notícia para o Japão. “Mesmo com a demora, o número total de tufões que se forma no ano geralmente tende a ser o mesmo todos os anos”, disse um representante da agência Meteorológica do Japão (JMA). “Há uma grande possibilidade de que os tufões se concentrem durante a temporada normal, entre julho e setembro”.
Quando vários tufões se formam ao mesmo tempo, aumenta-se a possibilidade de inundações e outros desastres, de acordo com a JMA.
O fenômeno climático El Niño, que aquece a área leste equatorial do Pacífico, persistiu desde o verão de 2014, mas poderá cessar ainda este mês. Quando o El Niño acaba no Pacífico, a temperatura da superfície no Oceano Índico aumenta e nuvens cumulus (com base aplainada e bem definidas, formadas em baixas altitudes) se formam e reduzem a pressão atmosférica na área.
Devido a isso, o mar próximo às Filipinas, região onde os tufões geralmente se formam, tende a se manter coberto por sistemas de alta pressão, inibindo a formação de tufões.
Em 2015, o tufão Nº 1 se formou em janeiro. Mas em 2001, por exemplo, o primeiro tufão emergiu em 11 de maio, o 7º mais tardio desde 1951, quando dados começaram a ser registrados.
Um total de 16 tufões se formaram entre julho e setembro de 2001 e o tufão de Nº 15 afetou a região de Kanto, causando muitos danos.
O tufão número 1, que deve alcançar o arquipélago Sakishima, em Okinawa, entre a tarde e a noite do dia 07/07, é considerado o mais forte para ser o primeiro do ano.
O tufão se encontra atualmente no leste das Filipinas e se move a uma velocidade de 30 km/h em sentido oeste-noroeste. As rajadas de ventos no centro chegam a 306 km/h.
Tufão se desloca em sentido oeste-noroeste
Previsão da altura das ondas no dia 7:
Okinawa: 5 metros
Daito-jima: 4 metros
Miyako-jima: 7 metros
Arquipélago Yaeyama: 9 metros
A classificação da intensidade dos tufões é dada de acordo com a velocidade das rajadas de vento:
Entre 119 km/h e 158 km/h: forte (tsuyoi)
Entre 158 km/h e 194 km/h: muito forte (hijou ni tsuyoi)
Acima de 195 km/h: intenso (mouretsu)
AVISOS PARA PROCURAR ABRIGO
Em caso de calamidade, as autoridades podem emitir alertas para que os moradores procurem abrigo. Mesmo que não for dado nenhum alerta de refúgio, mas perceber que a situação é de risco, é muito importante tomar uma decisão própria com antecedência.
Hinan junbi jouhou (避難準備情報) - informe para se preparar para um possível refúgio) Para portadores de necessidades especiais, idosos, crianças pequenas, entre outras pessoas que levem mais tempo para se refugiar. Este alerta serve para dar início a essa ação.
Hinan kankoku (避難勧告) - aviso para se refugiar
Este alerta é dado quando é constatado um aumento na possibilidade de danos aos moradores. Pessoas que não tenham dificuldades para se refugiar também devem dar início a essa ação.
Hinan shiji (避難指示) - ordem para se refugiar
Este alerta é dado quando é constatado um alto risco de danos aos moradores. É uma ordem severa de refúgio e deve ser obedecida.
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